sábado, 12 de abril de 2008

Chuva de Amor




Chuva de Amor
Milamarian


Fora na repente lua de aguaceiro
vendo as lágrimas no rosto a correr
em silêncio, ele, nos olhos a dizer
"vem a mim, ser-te-ei o teu telheiro".

Chovera os dedos toda Pátria
e ela vira a face na estrada
onde num adeus já se afastava
e ouvira! o sussurro de tal ária!

Girara o sol altivo no retalho
embalando o sonho dantesco
das frágeis rimas em cansaço,

e o vento bailara na andança
acalmando espectros e arabescos
num luzir cintilante de esperança.

Em 12 de abril de 2008