quinta-feira, 10 de abril de 2008

Minha Seara





Minha Seara
Milamarian



É um leito sem estremadura
onde o sol se deita horizontal
e quando nasce num todo igual
encanta do poema a medula.



Não é menina cheia de galizas
é agosto de trinado de cigarras
canto que não choca em cimitarra
é maio repleto de tulipas.



Dois mares, os mesmos de antanho
onde balouçam barcos de papel
num junino aceno de gerânios,



e no encontro à cordilheira
no viço que preenche meu farnel
é abril de amor em cerejeira.


Em 11 de abril de 2008.