segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sangue Que Te Quero Sangue

Sangue Que Te Quero Sangue
Milamarian


No alvo linho sorves em derredor
o pranto daquele último instante,
quedo o pálido do branco e sangue
beijando as pétalas da inerme flor.


Soberbo calço do meu leito amado
no tom ameno das verdes vinhas
onde à rósea seda tu foste guarida,
devoto-te do vermelho ao nevado.


Tu seiva, respiras todas as entranhas
em verde bandeira ardendo, corres
e queimas fibras sem nenhuma sanha


untando a garganta e o madrigal
quero-te encarnado em vida e morte
qual ambrosia que percorre o mitral.


Em 14 de abril de 2008.