À SOMBRA DO OLMEIRO
Milamarian
Vendados os olhos e já tão turvos
pelo estampido que obliterava,
não sentiam que eras tu quem pulsavas
dentro dos ouvidos oclusos e surdos!
Na cegueira não pudera reconhecer
que o nenúfar que se volta ao alvor
pousado estava nas mãos em amor
estendidas! A me amar e socorrer.
Alburno forte dum nobre olmeiro
(entrelaçado à seiva da oliveira)
cingira firme à seara e ao sobreiro,
na porção maior ante o temporal
dando sombra à flor-de-cerejeira
qual alpendre de estrelas e cristal.
Em 22 de abril de 2007.
Milamarian
Vendados os olhos e já tão turvos
pelo estampido que obliterava,
não sentiam que eras tu quem pulsavas
dentro dos ouvidos oclusos e surdos!
Na cegueira não pudera reconhecer
que o nenúfar que se volta ao alvor
pousado estava nas mãos em amor
estendidas! A me amar e socorrer.
Alburno forte dum nobre olmeiro
(entrelaçado à seiva da oliveira)
cingira firme à seara e ao sobreiro,
na porção maior ante o temporal
dando sombra à flor-de-cerejeira
qual alpendre de estrelas e cristal.
Em 22 de abril de 2007.