terça-feira, 1 de abril de 2008

Turbilhão




Turbilhão
Milamarian


Posto no amarelo do poente
onde as ondas levam a navegar
o mar àquela areia o delinear
do côncavo_convexo à tua frente.

Borbulham espumas e se erguem
vão aos céus e então eu ouço
minhas vertentes são teu dorso
e minhas sedas em ti se tecem.

Sorrio minha vida, tu estás aqui
penso no sereno pergaminho
onde preso, o meu ao teu rubi,

na sorte que do mar emerge
tu me entregas teu caminho
e eu, o mundo, meu próprio cerne.

Em 1 de abril de 2008.