quarta-feira, 9 de abril de 2008

Horizonte De Paz

Horizonte De Paz
Milamarian


Acendo o lumeeiro de minh'alma
co'a essência dos seixos do caminho
quando escrevo neste pergaminho
em direção ao mar que dentro salga.

No interstício penetra a enunciação
de mera frase qual calhau nos lábios
em sons articulados só ao santuário
e recolho silvestres flores de verão.

Recrio o horizonte nas montanhas
navegando as letras na verde ribeira
onde a água os meus versos banha,

meu idioma é modesto e fino arco
mas espesso e firme qual a cerejeira
numa paz que ocupa meus buracos.

Em 10 de abril de 2008.