quinta-feira, 8 de maio de 2008

Junquilho




JUNQUILHO
Milamarian


Tu, dourado perfume de fina erva
incensando sereno o silvestre ar
és flor primeira na brisa a balouçar
o amor qual Adão junto a sua Eva.


Sagrada e elegante campânula branca
nas reverdecidas folhas tu garantes
o desabrochar da quinta lua no mirante
onde és fruto das nobres covancas.


Perene é tu'alma no solo deste poema
quando teu cerne esguio curva e deita
tanto respeito ante o sol e o emblema.


Alvo junquilho do xilema vermelho
duplicando a corola sangras tua seiva
em minha verve, no meu fértil lenho.

Em 8 de maio de 2008.