sexta-feira, 30 de maio de 2008

Soneto Do Nosso Amor


SONETO DO NOSSO AMOR
Milamarian

Calam-se meus lábios nus
pelo silêncio que proclama
o verso aquietado à chama
no leito de amor, eu e tu.

Nada, nem mesmo a vaga
que balouça mansamente
e lança conchas ao poente
declama uma palavra.

Olhos fechados em sorriso
no sentir do desalinho
quando te dou meu siso,

e da seiva tua à minha
nem sequer um burburinho
só a luz, princípio, vida.

Em 29 de maio de 2008