Milamarian
Passa o ponteiro desnudo
despido do último momento
quando encarcerado o tempo
morre na fria morte, o mundo.
Sozinho se perde daquela sorte
não conta e corre em desatino
sem alicerce abraça o destino
na escuridão que cresce forte.
Cheio de ódio se perde de novo
qual goma na parede, a esperança,
a ternura em desvario pelo lodo,
e nessa linha onde corre a hora
foge o amor, da mão que mancha
o branco lenço da última aurora.
Em 16 de maio de 2008.